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Rosa Branca e Rosa Vermelha
Informações de Fundo
Escrito por: Irmãos Grimm
Publicação: 1812
Informações da Adaptação
Episódios Centrais:

A Rosa Branca e a Rosa Vermelha é um conto de fadas adaptado em Once Upon a Time.

Narrativa Tradicional[]

Era uma vez uma pobre viúva que vivia numa cabana solitária. Na frente da cabana havia um jardim onde dois pés de roseiras cresciam orgulhosos, um dos quais dava rosas brancas e o outro produzia rosas vermelhas. Ela tinha duas filhas que eram parecidas com os dois pés de roseira, e uma delas se chamava Rosa Branca, e a outra Rosa Vermelha. Elas eram boas meninas e viviam felizes, eram ágeis e carinhosas como somente duas crianças no mundo poderiam ser, apenas Rosa Branca era mais tranquila e mais gentil do que Rosa Vermelha. Rosa Vermelha gostava mais de correr pelos campos e pradarias em busca de flores e caçando borboletas; mas Rosa Branca gostava de ficar em casa com sua mãe, e a ajudava nas tarefas domésticas, ou lia para ela quando não havia nada para fazer.

As duas meninas gostavam tanto uma da outra que quando elas andavam pelas ruas, elas sempre seguravam uma na mão da outra, e quando Rosa Branca dizia, "Jamais nos separaremos um dia," Rosa Vermelha respondia, "Jamais, enquanto vivermos," e a mãe delas completou, "O que uma tinha, fazia questão de dividir com a outra."

Muitas vezes, elas gostavam de correr pela floresta sozinhas para colher frutas vermelhas, e nenhum animal nunca fez mal algum a elas, mas gostavam de ficar perto delas, porque confiavam nelas. A pequenina lebre gostava de comer folhas de repolho na mão delas, o cabritinho gostava de ficar pulando perto delas, o veadinho saltitava alegremente nos arredores, e os passarinhos ficavam pousados nos galhos das árvoes, e cantarolavam canções maravilhosas para elas.

Nunca, nenhum perigo as ameaçava; se elas ficavam muito tempo na floresta, e a noite chegava, elas se deitavam uma perto da outra sobre a relva, e dormiam até a manhã seguinte, e a mãe delas sabia disto e não ficava preocupada com isso.

Uma vez, quando elas tinham passado a noite na floresta e acordaram somente no alvorecer do dia, elas viram uma linda criancinha vestida numa roupinha branca e reluzente que estava sentada perto de onde elas haviam dormido. O bebê se levantou e ficou olhando tranquilamente para elas, mas não disse nada e seguiu andando pela floresta. E quando elas olharam ao redor elas descobriram que haviam dormido bem perto de um precipício, e certamente teriam caído dentro dele na escuridão se elas tivessem dado apenas alguns passinhos a mais. E a mãe delas disse que deve ter sido o anjo que protege todas as crianças boas.

Rosa Branca e Rosa Vermelha ajudavam sua mãe a manter a casa tão limpa que era um prazer olhar dentro dela. No verão, Rosa Vermelha tomou conta da casa, e todos os dias de manhã ela colocava uma coroa de flores na cabeceira da cama de sua mãe antes dela acordar, na qual havia uma rosa de cada roseira. Durante o inverno, Rosa Branca acendia a lareira e pendurava uma chaleira. E a chaleira que era de cobre brilhava como ouro, e era polida até ficar reluzente.

Ao anoitecer, quando caíam os flocos de neve, a mamãe dizia, "Rosa Branca, não esqueça de trancar a porta," e então, elas sentavam ao redor da lareira, e a mamãe pegava os seus óculos e lia um livro em voz alta para elas, e as duas garotinhas ficavam ouvindo, sentadas, enquanto fiavam. E perto delas ficava um cordeiro sentado no chão, e atrás delas estava uma pombinha branca sentada no poleiro e tinha a cabeça escondida debaixo de suas asas.

Uma noite, quando elas estavam assim confortavelmente acomodadas, alguém bateu à porta, como se desejasse entrar. A mãe disse, "Rápido, Rosa Vermelha, abra a porta, deve ser algum viajante que está procurando abrigo." Rosa Vermelha foi e destrancou a porta, achando que fosse algum mendigo, mas não era; era um urso que enfiou a sua cabeça grande e negra para dentro da porta.

Rosa Vermelha gritou e deu um pulo para trás, o cordeirinho berrou, a pombinha se agitou, e a própria Rosa Branca se escondeu atrás da cama da sua mãe. Mas o urso começou a falar e disse, "Não tenham medo, Não vou fazer nenhum mal a vocês! Eu estou meio congelado, e só quero me aquecer um pouquinho ao lado de vocês."

"Pobre urso," disse a mãe, "venha aqui se aquecer perto do fogo, e não se preocupe porque você não vai se queimar." Então, ela exclamou, "Rosa Branca, Rosa Vermelha, saiam, o urso não vai fazer mal a vocês, ele só quer se aquecer um pouco." Então, as duas saíram correndo, e pouco a pouco o cordeirinho e a pombinha também se aproximaram, e não ficaram com medo do urso. Então, ele disse, "Ei, crianças, será que vocês poderiam tirar um pouco de neve dos meus pelos;" então, elas trouxeram uma vassoura e escovaram toda a pele do urso; e ele se esticou perto da lareira e rosnava contente e satisfeito. E pouco tempo depois eles já haviam feito amizade, e já faziam estrepolias com o desajeitado convidado. Elas puxavam os pelos dele com as mãos, colocavam os pés nas costas dele e ficavam rolando, ou elas pegavam o quebra-nozes e batiam na cabeça dele, e quando ele rosnava, elas gargalhavam. Mas o urso aceitava tudo com despreocupação, somente quando elas exageravam um pouco ele gritava, "Crianças, me dêem um pouco de sossego. Rosa Branca, Rosa Vermelha, vocês teriam coragem de bater em quem as ama?”

Quando chegou a hora de dormir, e as crianças já tinham ido para a cama, a mãe disse para o urso, "Você pode ficar aí deitado ao lado da lareira, pois aí você ficará protegido do frio e do mau tempo." E assim que o dia amanheceu, as duas crianças o deixaram sair, e ele saiu trotando alegre pela neve rumo a floresta.

Desse dia em diante o urso vinha todas as noites na mesma hora, ficava esticado ao lado da lareira, e deixava que as crianças brincassem com ele até se cansarem; e elas ficaram tão acostumadas com ele que as portas jamais eram fechadas até que o amigo delas de pelagem preta houvesse chegado.

Quando a primavera tinha chegado e tudo lá fora estava coberto de verde, o urso falou numa manhã para Rosa Branca, "Agora eu preciso ir embora e não voltarei durante todo o verão." "Para onde você vai, então, querido urso?" perguntou Rosa Branca. "Eu preciso ir para a floresta e guardar os meus tesouros dos malvados duendes. No inverno, quando a terra fica congelada, eles são obrigados a ficar aqui embaixo e não podem trabalhar; mas agora, que o sol derreteu o gelo e aqueceu a terra, ele abrem buracos, e saem para bisbilhotar e roubar; e o que cai em suas mãos, e entra em suas cavernas, não consegue ver a luz do sol novamente."

Rosa Branca ficou muito triste porque o urso precisava ir, e quando ela foi abrir a porta para ele, e o urso saiu apressado, ele esbarrou na tranca e um pouco dos seus pelos foram arrancados, pareceu a Rosa Branca que ela tivesse visto um brilho dourado através dele, mas ela não teve certeza disso. O urso fugiu rapidamente, para logo desaparecer por trás das árvores.

Pouco tempo depois a mãe mandou que suas filhas fossem até a floresta para buscarem lenha para a lareira. Lá elas encontraram uma árvore muito grande que estava caída no chão, e perto do tronco alguma coisa estava pulando pra frente e pra trás na relva, mas elas não conseguiram identificar do que se tratava. Quando elas chegaram mais perto, elas viram um duende com um rostinho magro e envelhecido e uma barba branca como a neve e com quase cem metros de comprimento. A ponta da barba estava presa na fenda de uma árvore, e um amiguinho dele estava pulando para a frente e para trás como um cachorro que estivesse amarrado a uma corda, e não sabia o que fazer.

Ele ficou encantado com as meninas com seus olhos vermelhos como brasa e exclamou, "O que vocês estão fazendo paradas aí? Será que vocês não podem vir aqui para me ajudar?" "O que você está fazendo aí, anãozinho?" perguntou Rosa Vermelha. "Tola e curiosa menina!" respondeu o duende; "Eu estava tentando rachar a árvore para conseguir um pouco de madeira para cozinhar. Para o pouco que comemos precisamos apenas que alguns gravetos sejam queimados; nós não comemos tanto quanto vocês que são grandes e gulosos. Eu tinha acabado de enfiar um calço dentro da fenda, e tudo estava indo como eu queria; mas a danada da madeira era lisa demais e de repente pulou para fora da fenda, e a árvore se fechou tão rapidamente que não tive tempo de puxar a minha barba branca e delicada; então, agora eu estou preso e não consigo ir embora, e vocês ficam aí rindo, vocês são tolas, ingênuas e bobas! Ugh! Como eu odeio vocês, suas patachocas!"

As meninas fizeram muita força, mas elas não conseguiam tirar a barba que estava muito presa. "Eu vou correndo buscar ajuda," disse Rosa Vermelha. "Sua gansa desajeitada!" rosnou o duende; "porque você iria buscar ajuda? Duas já são demais para mim; será que vocês não conseguem pensar em algo melhor?" "Não fique nervoso," disse Rosa Branca, "Eu vou ajudar vocês," e ela tirou uma tesoura do bolso, e cortou a ponta da barba do duende.

E assim que o duende se viu livre, ele pegou uma sacola que estava encostada entre as raízes das árvores, e que estava cheia de ouro, a levantou, e resmungava consigo mesmo, "Criaturas estúpidas, cortaram um pedaço da minha bela barba. Desejo má sorte para vocês!" (o duende era muito mal humorado) e então, ele jogou a sacola nas costas, e saiu em disparada sem nem sequer olhar para as meninas.

Algum tempo depois Rosa Branca e Rosa Vermelha foram pescar alguns peixes. Assim que elas chegaram perto do riacho elas viram algo que parecia um grande gafanhoto pulando em cima da água, e parecia que ele queria mergulhar. Elas correram em direção a ele e descobriram que era o duende. "O que você está fazendo?" disse Rosa Vermelha; "É claro que você não quer entrar na água?" "Eu não sou tão tolo assim!" exclamou o duende; "vocês não estão vendo que aquele peixe covarde está querendo me empurrar para dentro?" O anãozinho estava pescando ali, e por azar o vento tinha enroscado a sua barba na linha de pescar; bem nesse instante um peixe grande mordeu a isca, e como a criatura era fraca, ele não teve força para puxá-lo; o peixe foi mais esperto que ele e tentou puxar o duende. Ele se segurou em todos os juncos e caniços que pode, mas de nada adiantou, ele foi obrigado a acompanhar os movimentos do peixe, e por pouco não foi arrastado para dentro da água.

As meninas haviam chegado bem na hora; elas seguraram-no bem firme e tentaram soltar a sua barba da linha, mas nada deu certo, a barba e a linha ficaram mais enroscadas ainda. Não houve outro jeito senão trazer a tesoura e cortar a barba, e uma parte dela ficou faltando. Quando o duende viu o que ela fez, ele gritou, "Está certo isso, sua desajeitada, desfigurar o rosto de uma pessoa? Não foi o bastante cortar a ponta da minha barba? Agora você jogou fora a melhor parte dela. Agora não vou mais poder deixar que me vejam assim. Eu gostaria de saber se você poderia correr caso lhe faltasse a sola dos seus sapatos!" Então, ele pegou um saco de pérolas que estava no meio dos juncos, e sem dizer nem mais uma palavra, levou-o para longe e desapareceu atrás de uma pedra.


E aconteceu que pouco depois a mãe mandou que as duas crianças fossem à cidade para comprar agulhas e linhas, e também laços e fitas. A estrada tinha um cruzamento que levava até um brejo onde havia, por toda parte, grandes blocos. Então, elas perceberam que uma grande ave pairava no alto, e voando mais devagar um pouco acima delas; ela veio descendo devagar, e finalmente pousou perto de uma rocha não muito distante. Em seguida elas ouviram um grito alto e penetrante. Correram para o local e viram, com horror, que a águia havia capturado o velho amigo delas, o duende, e já estava se preparando para ir embora.

As meninas, ficaram com pena, e imediatamente seguraram o anãozinho, e lutaram com a águia durante tanto tempo, que finalmente ela soltou a sua presa. Assim que o duende se recuperou do seu primeiro susto gritou com sua voz estridente, "Você não poderia ter feito isso com mais cuidado! Você agarrou no meu casaco marrom com tanta força que ele está todo rasgado e cheio de buracos, suas criaturas inúteis e desajeitadas!" Então, ele pegou um saco cheio de pedras preciosas, e saiu correndo novamente debaixo das pedras e entrou no buraco onde ele morava. As meninas, que já estavam habituadas com a ingratidão do duende, continuaram a caminhar e foram comprar o que sua mãe lhes havia pedido.

Quando elas foram atravessar o brejo novamente ao retornarem para casa elas deram de cara com o duende, que tinha esvaziado a sua sacola de pedras preciosas em um lugar vazio e limpo, nem tinha imaginado que alguém poderia vir até ali tão tarde. Os últimos raio de sol refletiam sobre as pedras; elas brilhavam tanto e espalhavam seus reflexos por todos os lados e tudo era tão encantador que as meninas ficaram paradas e olhava para elas. "O que vocês estão fazendo aí de boca aberta, suas molengas?" exclamou o anão, e o seu rosto que era cinzento começou a avermelhar de tanta raiva. Ele ia começar a falar alguns palavrões, quando, de repente, elas ouviram um grunhido estrondoso, e o urso negro estava saindo da floresta e veio trotanto em direção a eles.

O anão deu um pulo de tão assustado que ficou, mas ele não conseguiu entrar na sua caverna, porque o urso já estava bem perto. Então, tremendo que nem vara verde ele gritou, "Querido Senhor Urso, me poupe, eu lhe darei todos os meus tesouros; veja, as belas jóias que eu tenho aqui! Poupe a minha vida; o que você iria querer com uma criaturinha tão delicada como eu? você nem iria me sentir entre os seus dentes. Venha, leve estas duas garotas perversas, elas serão duas tenras iguarias para você, gordinhas como duas codornas; por misericórdia, fique com elas!" O urso não deu atenção às suas palavras, mas deu uma tremenda patada no duende sem coração, que ele nunca mais se moveu.

As meninas haviam fugido, mas o urso as chamou de volta, "Rosa Branca e Rosa Vermelha, não fiquem com medo; esperem, quero ir com vocês." Então, elas reconheceram a voz do urso e o esperaram, e quando ele chegou perto delas, de repente ele se desfez de sua pele de urso, e eis que ali estava um belo e garboso príncipe, todo vestido de ouro. "Eu sou filho do rei," disse ele, "e eu fui enfeitiçado por aquele duende malvado, que roubou todos os meus tesouros; tive de viver correndo pela floresta como urso selvagem até que me libertasse com a morte do duende. Agora ele recebeu sua bem merecida punição."

E finalmente, Rosa Branca se casou com ele, e Rosa Vermelha com o irmão dele, e elas dividiram entre si o grande tesouro que o duende havia juntado e levado para a caverna. A velha mãezinha viveu tranquila e feliz com duas filhas durante muitos anos. Ela levou as duas roseiras com ela, as quais foram colocadas diante da janela, e que todos os anos floriam as mais belas rosas, a branca e a vermelha.

Adaptações da Série[]

  • Branca de Neve é uma referência a Rosa Branca.
  • Chapeuzinho Vermelho a Rosa Vermelha.
  • As duas não são irmãs, mas sua amizade representa o amor fraterno.
  • O Príncipe nunca foi transformado em urso.
  • O gnomo foi transformado em uma estatua de pedra pela Rainha Má.

Personagens[]

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